Por que as 6 primeiras semanas de vida são cruciais para corrigir a orelha do bebê

Por que as 6 primeiras semanas de vida são cruciais para corrigir a orelha do bebê

Os primeiros dias de vida de um bebê são marcados por descobertas, ajustes e muito cuidado. Nesse período tão sensível, alguns detalhes anatômicos chamam a atenção dos pais — como a forma das orelhas. Quando há sinais de orelha de abano ou outras deformidades, o tempo é um fator essencial.

Isso porque existe uma janela de até 6 semanas após o nascimento em que a cartilagem da orelha do bebê ainda está maleável. É nesse momento que o tratamento chamado modelagem de orelha oferece os melhores resultados.

O papel do estrogênio materno

Durante a gestação, o bebê recebe estrogênio da mãe. Esse hormônio, entre outras funções, deixa a cartilagem da orelha mais flexível. Após o nascimento, os níveis desse estrogênio materno começam a cair rapidamente, e, por volta da sexta semana de vida, a cartilagem se torna mais rígida — dificultando ou até impossibilitando a modelagem.

Por isso, quanto mais cedo o tratamento começar, maior a chance de sucesso de correção da deformidade sem cirurgia.

Por que iniciar antes das 6 semanas?

A modelagem de orelha é um método não invasivo e indolor de correção das deformidades. Utiliza moldes feitos sob medida que permanecem posicionados nas orelhas do bebê, redesenhando sua estrutura gradualmente. O tratamento geralmente dura de 4 a 8 semanas e não exige anestesia, repouso ou internação.

Mas sua eficácia depende diretamente da flexibilidade da cartilagem, que está presente apenas nas primeiras semanas. Após esse período, os resultados deixam de ser garantidos.

Legenda: A modelagem de orelha é um tratamento eficaz para diversos tipos de deformidades, como lop ear, orelha de abano, entre outras.

E se meu bebê já tiver mais de 6 semanas?

Infelizmente, quando o tratamento não é iniciado no tempo ideal, os moldes já não são tão eficazes. Nesses casos, a principal opção de correção passa a ser a otoplastia, uma cirurgia plástica que pode ser realizada a partir dos 6 anos de idade — uma fase que antecede a entrada no ambiente escolar e os riscos de bullying.

A cirurgia tem alto índice de sucesso, mas exige anestesia, recuperação e um preparo diferente do tratamento precoce.

O tempo é um aliado poderoso na correção da orelha de abano e outras deformidades.

As 6 primeiras semanas de vida representam uma oportunidade única de corrigir, de forma definitiva e sem cirurgia, algo que poderia impactar o bem-estar e a autoestima da criança no futuro.

Se você percebeu algo diferente na orelhinha do seu bebê ou tem histórico familiar de orelha de abano, agende uma avaliação especializada o quanto antes. Na Mobe, nossa equipe está pronta para te orientar com carinho e conhecimento técnico.

Perguntas frequentes sobre orelhas dos bebês
Porque, nesse período, a cartilagem da orelha ainda está flexível graças ao estrogênio materno. Após esse tempo, a estrutura se torna mais rígida, e a eficácia do tratamento cai drasticamente.
Após 6 semanas, a literatura não aponta bons resultados com modelagem. Nesses casos, é possível recorrer à otoplastia aos 6 anos, com ótimos resultados e antes do início da vida escolar.
Se você notar orelhas dobradas, afastadas ou assimétricas, procure avaliação especializada nos primeiros dias de vida. Só assim é possível aproveitar a janela de tratamento precoce.